Mariana Leitão

Na minha primeira intervenção na Convenção da Iniciativa Liberal, ao destacar certas pessoas, o Rodrigo, os Bruno, não deixei de referir uma pessoa que muito prezo, a minha amiga Mariana Leitão. Juro que não fazia ideia do que Rui Rocha anunciou no encerramento da Convenção, mas não deixei passar a oportunidade de dizer que entendia qua a Mariana seria uma fantástica candidata liberal à Presidência da República. A candidatura da Mariana representa a um raro e decisivo momento de clarificação na política portuguesa. Num país atolado no marasmo socialista, onde a tradição presidencial se resume a um desfile de notáveis do regime, sempre prontos a servir os interesses do poder instituído e a perpetuar o status quo, Mariana Leitão surge como uma excepção. Uma excepção necessária, que rompe com a mediocridade reinante e propõe um caminho distinto: o caminho da liberdade individual, da responsabilidade e da modernidade. Portugal há décadas que se entrega a uma política de compadrio, de proteccionismo e de sufocação fiscal, um país onde a iniciativa privada é vista com desconfiança e onde o Estado se intromete, pesadamente, na vida dos cidadãos. Mariana Leitão é das pessoas que sabem que este modelo faliu. Não só o entende, como tem a capacidade, o conhecimento e a coragem para o dizer sem rodeios. Ao longo dos últimos anos, é nas diversas funções políticas que exerceu, demonstrou uma inteligência política invulgar, uma acutilância rara e um rigor argumentativo que fazem dela uma candidata incomparável. Não é uma carreirista, não é uma criatura do sistema, não é mais uma dessas figuras que surgem à superfície da política portuguesa embaladas pelo vento das conveniências.


Enquanto Presidente do Conselho Nacional da Iniciativa Liberal, cargo que exerceu com um sentido de direcção que poucos na política portuguesa conseguem exibir, ajudou a liderar um partido em crescimento, deu-lhe um rumo e uma solidez que fazem dela, indiscutivelmente, uma das vozes mais credíveis e preparadas da actualidade. Tive a honra de integrar esse Conselho Nacional e assistir, de perto, à sua capacidade de liderança, ao seu método e à sua visão. Mariana Leitão não hesita, não vacila, não se deixa capturar pelas pressões ou pelos interesses instalados. E é exactamente por isso que a sua candidatura à Presidência da República representa algo de verdadeiramente novo, uma Presidente que não se limitaria a arbitrar, a assinar papéis e a discursar banalidades, mas que compreenderia que o cargo pode e deve ser um verdadeiro contrapoder, um travão aos abusos de um Estado que, há décadas, devora os recursos, as ambições e a liberdade dos portugueses.


Não tenhamos ilusões, Portugal precisa, mais do que nunca, de uma Presidência que tenha uma agenda clara, que não se limite a navegar as águas insalubres do regime, mas que defenda activamente uma reforma profunda do Estado, que combata o parasitismo político e que se oponha, sem meias palavras, a uma classe dirigente que vive da manutenção do atraso. Mariana Leitão representa essa mudança. É o primeiro nome, em muito tempo, que não se candidataria para ocupar um lugar decorativo ou para ser mero actor secundário no teatro institucional da República. Representaria, sim, uma nova forma de encarar o cargo presidencial, não como uma relíquia da Terceira República, mas como um ponto de viragem para um Portugal onde o mérito substitua o privilégio, onde o cidadão tenha primazia sobre o Estado e onde a liberdade deixe, finalmente, de ser um conceito abstracto, manipulado ao gosto de quem governa.


A sua candidatura não será apenas uma escolha política. Será um verdadeiro referendo à capacidade de Portugal se libertar da inércia. E, nesse referendo, Mariana Leitão é a única opção que representa um país que quer crescer, inovar e sair da sombra de um Estado omnipresente e castrador. É, por isso, que a sua eleição não é apenas desejável, é urgente.


Fevereiro 2025

Nuno Morna





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